“Certa vez, ainda criança, estava deitado em meu leito, brincando a luz de velas. De repente assustei-me ao perceber um vulto entrando pela porta: era uma aranha, enorme e venenosa.
“Saltei da cama rapidamente e apanhei um pedaço de pau. Encurralei o bicho num canto do quarto e fiquei observando-o. Sem que eu esperasse, a enorme aranha veio correndo em minha direção. Num golpe rápido e certeiro aniquilei o inseto.
“Hoje me peguei refletindo sobre o assunto, procurando encontrar uma lição neste pequeno incidente. Primeiro analisei o desespero da aranha: presa, procurando encontrar uma saída da morte. Como não havia possibilidade de escape e ela sabia que viveria fugindo até o suspiro final, instintivamente decidiu me atacar. E preferiu fazer isso do que partir deste mundo sem honra. Preferiu lutar a morrer feito uma covarde".
Lis-Andros
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