INSTANTES
Jorge Luiz Borges
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos cerveja, teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegrias.
Mas se pudesse voltar a viver, trataria de Ter somente bons momentos, porque se não sabem, disso é feito a vida, só de momentos, não percas o agora.
Eu era desses que ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda- chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez, uma vida pela frente.
Mas já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo
.
Jorge Luiz Borges, é Argentino e faleceu na Suíça em 1987. Colaboração: Edson Laura Cardoso
Jorge Luiz Borges
Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos cerveja, teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegrias.
Mas se pudesse voltar a viver, trataria de Ter somente bons momentos, porque se não sabem, disso é feito a vida, só de momentos, não percas o agora.
Eu era desses que ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda- chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez, uma vida pela frente.
Mas já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo
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Jorge Luiz Borges, é Argentino e faleceu na Suíça em 1987. Colaboração: Edson Laura Cardoso
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